Ambliopia

Chamamos de ambliopia a condição em que um olho anatomicamente “saudável” não consegue enxergar bem por falta de estímulo adequado na primeira infância.

 Esta situação ocorre em olhos que consideramos “sensorialmente maduros”, isto é, de adultos ou crianças acima dos 7 anos de idade, em decorrência de alguma privação durante o período de desenvolvimento visual.

Existem condições em que tais estímulos chegam ao cérebro de maneira assimétrica, fazendo com que um dos olhos receba informações privilegiadas para o seu desenvolvimento, ao passo que o outro acaba se tornando “preguiçoso” pois recebe informações ou imagens menos nítidas ou borradas. 

As situações que levam ao processamento desigual das informações que chegam ao nosso cérebro são, basicamente, três:

1) ESTRABISMO
2) ANISOMETROPIAS/ ALTAS AMETROPIAS
3) OPACIDADES DE MEIOS/ PRIVAÇÕES

  • ESTRABISMO: corresponde ao desalinhamento entre os olhos, fazendo com que o paciente mantenha estimulação adequada sobre o olho de preferência e deixe o contralateral (desviado) em desuso.
  • ANISOMETROPIAS: corresponde a graus elevados e assimétricos, condição que leva à formação de imagens com tamanho e nitidez diferentes chegando ao córtex visual.
  • PRIVAÇÃO: corresponde à causa mais rara, mas também mais grave de ambliopia, que ocorre quando a chegada da luz à retina fica impedida (queda da pálpebra, catarata congênita)

O tratamento da ambliopia, envolve tornar essa “captação assimétrica de informações e imagens” em um ato menos desigual para os olhos da criança. Isso envolve uso de óculos, oclusões/tampões nos olhos de preferência ou ainda a eliminação das causas de privação. 

É sempre válido lembrar que a ambliopia é prevenível e tratável desde que abordada durante o período crítico de desenvolvimento visual (até os 7 anos de idade), ou seja, quando descoberta cedo, há uma janela de oportunidade para que ela não se torne uma condição irreversível.

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